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Marisqueira de Maceió vence 1º Prêmio Mulheres das Águas em Brasília

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Solenidade de entrega do prêmio aconteceu em março, em Brasília. Foto: Divulgação

A marisqueira Joseane dos Santos, 52 anos, natural de Trapiche da Barra, em Maceió, Alagoas, recebeu uma homenagem de destaque no último dia 19 de março, em Brasília. Santos foi uma das sete vencedoras do 1º Prêmio Mulheres das Águas, uma iniciativa do Ministério da Pesca e Aquicultura, que busca enaltecer o trabalho de mulheres que se destacam em atividades ligadas à pesca e aquicultura.

Conhecida na comunidade como “Geleia”, Joseane é aluna da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (Ejai) da Escola Municipal Lindolfo Collor. Mãe de nove filhos, ela relembra com emoção o reconhecimento nacional pelo trabalho que desempenha há quase quatro décadas. O prêmio impulsionou o desejo de Santos em continuar estudando, fazendo com que ela se tornasse uma fonte de inspiração para muitos.

“Depois que eu comecei a estudar, eu já fiz vários cursos, como empreendedorismo e gestão financeira. Se não fosse a Ejai não tinha como eu voltar a estudar. Eu quero aprender a cada dia mais. A meta da minha vida é terminar meus estudos”, disse Joseane em entrevista.

A cerimônia de premiação contou com a participação de diversas autoridades e a história de Joseane foi uma das 149 reconhecidas em 23 estados e no Distrito Federal. Para ela, a vida mudou em menos de um mês. Joseane conta que teve que deixar a escola para cuidar de seus filhos. Sonhava em ser enfermeira ou médica pediatra, mas a necessidade de trabalhar para sustentar a família a impediu de seguir essas carreiras. No entanto, os sonhos não foram esquecidos.

Agora, ela sonha em se formar em enfermagem após concluir seus estudos atuais. Joseane é integrante de um projeto desenvolvido pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) e é uma das mulheres retratadas no documentário “Marisqueiras da Lagoa Mundaú”, que destaca o trabalho e a superação de mulheres como ela na pesca do sururu.

Deiseane Oliveira, coordenadora pedagógica da Ejai da Escola Municipal Lindolfo Collor, define Joseane como uma pessoa de alegria, entusiasmo, garra e dedicação. Para Oliveira, a trajetória de Joseane é uma inspiração para outras estudantes. “Sempre valorizamos o lugar de fala de todos os estudantes. Valorizamos também o trabalho como construção da subjetividade do indivíduo”, destaca.

Ao receber o prêmio em Brasília, Joseane também foi homenageada na escola, onde foi exibido o documentário sobre sua vida. A comunidade escolar a elogiou muito, principalmente pela dedicação no trabalho com o sururu. A solenidade de entrega do prêmio aconteceu em março, em Brasília.

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