No dia 31 de janeiro, completam-se 38 anos desde que a Serra da Barriga, localizada em União dos Palmares, foi reconhecida como patrimônio histórico pelo Governo Federal. Esse tombamento foi fundamental para preservar e valorizar um dos mais importantes símbolos da resistência negra à opressão colonial entre os séculos 17 e 19. Hoje, a Prefeitura de Maceió relembra essa data especial.
Por meio da Coordenação da Igualdade Racial da Secretaria Municipal da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania, o município busca incentivar o debate sobre a história negra e promover o letramento racial entre os servidores. A partir dessas discussões, serão planejadas ações para promover a igualdade.
A coordenadora Arísia Barros ressaltou a importância da história negra para Maceió e para o Brasil. Por isso, a Prefeitura cria espaços estratégicos, como o Comitê da Igualdade Racial, que é formado por representantes do poder público e da sociedade, para revisitar e revisar essas referências por meio do debate institucional.
Arísia destaca que o reconhecimento dessa data pela Prefeitura tem um significado enorme, não apenas para o município, mas também para a humanidade. Ao criar a Coordenadoria da Igualdade Racial, a Prefeitura reconhece a importância do Parque Nacional da Serra da Barriga e utiliza isso como base para criar um olhar institucional que trabalhe as diferenças de forma igualitária.
A criação da Coordenação pelo município no ano passado tem fortalecido a luta pela igualdade em Maceió. Para Arísia, a atuação da Prefeitura proporciona mais liberdade e inclusão para a população. Ela ressalta que Maceió está começando a ter uma visão própria sobre a questão racial e se mostra uma instituição que entende que a liberdade é fundamental. É necessário trazer o passado para recontar a história e construir um presente mais igualitário.
A Serra da Barriga abrigava o maior quilombo das Américas, o Quilombo dos Palmares, onde negros e indígenas se reuniam para resistir à opressão. A organização do grupo teve início em 1597 e durou até 1694, mas sua existência continua sendo um símbolo da luta pela liberdade até os dias de hoje.