A Escola Municipal Padre Brandão Lima, localizada no bairro Benedito Bentes, promoveu nesta terça-feira (21) um evento especial para celebrar, repassar e honrar as origens africanas, que fazem parte da cultura de mais da metade da população brasileira. Com uma programação diversificada, o objetivo foi proporcionar aos estudantes um mergulho na cultura afro-brasileira.
Durante os dois turnos, os alunos tiveram a oportunidade de participar de diversas atividades, como oficinas de culinária de doces tradicionais africanos, apresentações culturais e oficinas de artesanato. O intuito foi instigar o debate e a troca de conhecimentos entre os estudantes, professores, palestrantes e a comunidade escolar.
Uma das destaques do evento foi a aluna Juliana Bezerra, do 7º ano, conhecida como ‘Avatar’ na capoeira. Ela deu um verdadeiro show na roda de capoeira que aconteceu na escola e compartilhou um pouco de sua experiência. Para ela, o projeto foi muito bom e a capoeira é um movimento de resistência disfarçado de dança. Aos 13 anos, Juliana pratica o esporte há cerca de 10 anos e afirmou que também aproveitou para conhecer outras oficinas e aprender bastante.
Outra atividade de destaque foi a oficina de Turbantes, ministrada por Lucélia Tayná, dançarina, coreógrafa, turbanteira, coordenadora do grupo Àbúrò N’ilê – Juventude de Terreiro do Estado de Alagoas e conselheira estadual de juventude religiosa. Ela ressaltou a importância de empoderar homens e mulheres pretos através do uso de turbantes, e ficou honrada em poder trazer essa oficina para a escola Padre Brandão, situada em um bairro tão populoso como o Benedito Bentes.
A diretora escolar, Emília Soares, revelou que o projeto foi pensado para trabalhar diversas nuances das culturas e tradições afro-brasileiras. A ideia foi trazer oficinas que apresentassem a culinária afro-brasileira, valorizando e melhorando a autoestima dos alunos, além de uma roda de capoeira para contar a história dessa luta que se disfarça na dança, e também o teatro, para que os estudantes pudessem se expressar de novas maneiras.
Ao todo, 369 alunos participaram das oficinas, compartilhando conhecimento e desmistificando conceitos sobre a África e suas expressões e tradições. A diretora da escola, Emília Soares, concluiu afirmando que a semente foi plantada e que certamente colheremos frutos de uma sociedade mais consciente de suas raízes, história e força ancestral.
Este evento realizado pela Escola Municipal Padre Brandão Lima é uma iniciativa importante para valorizar e preservar as origens africanas, que são parte fundamental da cultura brasileira. É fundamental que mais escolas adotem esse tipo de projeto, promovendo a diversidade cultural e o respeito à história de nosso povo.