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Instituto Nacional de Cardiologia: Aumento alarmante nas internações por infarto no Brasil

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Rio de Janeiro - Exposição Vias do Coração no Museu da Vida, no Castelo da Fiocruz, divulga o conhecimento sobre o coração, para estimular a prevenção das doenças cardiovasculares (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Um recente estudo conduzido pelo renomado Instituto Nacional de Cardiologia (INC) tem revelado números preocupantes quanto ao aumento das internações por infarto no Brasil ao longo de um período de 14 anos, entre 2008 e 2022. Os resultados apontam para um quadro de elevação significativa nas estatísticas desse evento cardíaco devastador. Entre os dados mais notáveis, destaca-se a média mensal de internações por infarto entre homens, que saltou de 5.282 para 13.645, representando uma assombrosa elevação de 158%. Entre as mulheres, o aumento foi igualmente notável, passando de 1.930 para 4.973, com uma alta de 157%.

A pesquisa em questão teve como base os registros do Sistema de Internação Hospitalar do Datasus, órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Tal abordagem abarcou pacientes de todo o território nacional que fizeram uso dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), englobando tanto as instituições hospitalares públicas quanto aquelas do setor privado que mantêm convênios com o sistema público. Isso significa que o estudo considerou uma parcela expressiva, entre 70% e 75%, de todos os pacientes do país.

O INC alerta para a influência de diversos fatores que aumentam os riscos associados aos casos de infarto. A diretora-geral do instituto, Aurora Issa, enfatiza a correlação entre o avanço da idade da população e a ocorrência desses eventos cardíacos. Ela também destaca o crescente problema da obesidade na sociedade brasileira como um fator contribuinte.

A diretora acrescenta ainda que as baixas temperaturas também desempenham um papel crucial no aumento das chances de infarto. Conforme as estatísticas do INC, os casos de infarto tendem a ser mais frequentes durante o inverno. No último ano, os registros indicaram um aumento de 27,8% nas ocorrências de infarto entre as mulheres e de 27,4% entre os homens durante essa estação, em comparação com o período de verão.

“A resposta está nas reações do organismo ao frio, incluindo a constrição dos vasos sanguíneos”, esclarece a especialista. “Na maioria dos casos, o infarto ocorre em indivíduos que já possuem placas de gordura nas artérias. O evento de infarto é precipitado por uma inflamação nessas placas, resultando na formação de um trombo. Em muitas circunstâncias, infecções funcionam como gatilho para desencadear essa inflamação.”

As doenças cardiovasculares emergem como a principal causa de morte tanto entre homens quanto mulheres no Brasil. Os números impressionam: entre 2017 e 2021, um total de 7.368.654 indivíduos perderam a vida devido a essas condições no país. Em resposta a essa preocupante tendência, o INC enfatiza a importância da adoção de medidas preventivas como a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada.

Com Informações da Agência Brasil

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