A queima de fogos de artifício, frequentemente utilizada em celebrações e festividades, pode representar um sério desafio para muitas pessoas, especialmente para aquelas que estão no espectro autista. Esse evento, que é tradicional e muitas vezes visto como uma maneira de comemorar ocasiões especiais, pode provocar crises sensoriais em indivíduos autistas, levando a reações que merecem uma compreensão mais profunda.
Os sons altos e repentinos dos fogos de artifício podem ser sufocantes e avassaladores. Para muitas pessoas com autismo, o funcionamento sensorial é diferente, e estímulos que parecem normais para a maioria podem se tornar verdadeiros gatilhos de desconforto ou pânico. Os fogos de artifício emitem ruídos ensurdecedores e flashes luminosos intensos que podem causar ansiedade extrema, desorientação e até mesmo crises emocionais. Os efeitos podem variar de uma leve irritação a uma resposta intensa, resultando em comportamentos como gritar, chorar ou tentar se esconder.
Além disso, é importante considerar o impacto que essa experiência negativa pode ter na qualidade de vida de indivíduos autistas e suas famílias. Para muitos, essas celebrações são momentos de união e felicidade, mas a presença de fogos de artifício pode transformar essas ocasiões em fontes de estresse e sofrimento. Isso não só afeta a pessoa com autismo, mas também pode impactar os seus familiares, que desejam desfrutar das festividades, mas precisam estar atentos ao bem-estar do ente querido.
Diante dessa realidade, um número crescente de cidades está reconsiderando o uso de fogos de artifício em eventos públicos. Algumas comunidades estão optando por alternativas mais silenciosas e inclusivas, que permitem que todos os cidadãos possam participar das celebrações sem medo ou desconforto. A conscientização e a educação sobre o autismo e suas necessidades são fundamentais para criar um ambiente mais acolhedor e respeitoso para todos, independentemente de suas sensibilidades sensoriais.
Portanto, é crucial que a sociedade busque alternativas que possam unir a tradição festiva à inclusão e ao respeito pela diversidade. Reconhecer o impacto dos fogos de artifício na vida de pessoas com autismo é apenas o primeiro passo para promover uma convivência harmoniosa nas celebrações.
Com informações da EBC
Fotos: / EBC













