Universidades brasileiras estão se mobilizando para criar uma iniciativa inovadora que visa engajar comunidades de favelas em um estudo colaborativo sobre os desafios da crise climática. O projeto, que reúne diversas instituições de ensino superior, busca não apenas identificar as consequências das mudanças climáticas nessas áreas vulneráveis, mas também promover ações de mitigação e adaptação que possam beneficiar os residentes.
Atores acadêmicos reconhecem que as favelas, frequentemente marginalizadas, são algumas das regiões mais afetadas por eventos climáticos extremos, como enchentes e deslizamentos. Com a intenção de ouvir e entender as realidades locais, o projeto se propõe a fomentar a participação ativa dos moradores, permitindo que suas vozes sejam ouvidas na esfera do debate climático. Para isso, serão realizadas oficinas e eventos educativos, onde especialistas em meio ambiente e os habitantes das favelas poderão dialogar sobre soluções práticas e sustentáveis.
Outra vertente do projeto é a formação de jovens lideranças locais, que poderão se tornar multiplicadores de conhecimento dentro de suas comunidades. Por meio de capacitações, esses jovens serão instrumentalizados para atuar como agentes de mudança, com o intuito de sensibilizar seus vizinhos sobre a importância da preservação ambiental e da preparação para desastres naturais. Essa abordagem visa não apenas a educação, mas também a empoderamento comunitário, promovendo um senso de pertencimento e responsabilidade coletiva em relação ao meio ambiente.
Além disso, a iniciativa contará com recursos de pesquisa, permitindo que os acadêmicos desenvolvam estudos aprofundados sobre como as favelas estão lidando com a crise climática. Esses dados serão essenciais para a formulação de políticas públicas que visem a inclusão e o suporte a essas comunidades.
Esse esforço conjunto entre universidades e favelas representa um passo significativo na construção de um futuro mais resiliente e sustentável para todos, mostrando que a luta contra a crise climática deve ser uma responsabilidade compartilhada, onde cada voz contribui para uma solução coletiva.
Com informações da EBC
Fotos: / EBC
