A integração sul-americana e o desenvolvimento logístico entre Brasil e Paraguai estão alcançando um novo marco com a recente inauguração da Ponte da Integração. Esta nova ligação rodoviária sobre o Rio Paraná, situada em Foz do Iguaçu, representa um passo significativo para os dois países, especialmente após décadas de discussões e estudos técnicos.
O investimento total na ponte foi de aproximadamente R$ 1,9 bilhão, proveniente de financiamentos conjuntos entre Brasil e Paraguai. Inicialmente, o tráfego será liberado de forma gradual, com a travessia destinada, nas primeiras fases, a caminhões sem carga, em virtude de um planejamento coordenado pelos órgãos de fiscalização. Esta obra não apenas auxiliar na descongestão do tráfego na Ponte Internacional da Amizade, mas também ampliará a capacidade logística na região fronteiriça.
As estruturas de engenharia da Ponte da Integração são notáveis. Com 760 metros de extensão e um vão livre central de 470 metros — o maior da América Latina — a ponte é equipada com duas pistas de 3,6 metros de largura cada. As torres de sustentação atingem 190 metros, equivalente à altura de prédios com cerca de 54 andares. Tal estrutura estaiada, suspensa por cabos, é um exemplo de engenharia avançada, refletindo o compromisso com a modernização das infraestruturas da região.
Complementando a obra, o lado brasileiro conta com a Perimetral Leste, uma rodovia de 14,7 quilômetros que liga a BR-277 à ponte. Esta via foi desenvolvida para desviar o tráfego de caminhões do centro urbano de Foz do Iguaçu, contribuindo para a melhoria na mobilidade urbana e na segurança viária. A infraestrutura inclui duas novas aduanas e seis viadutos. Durante a primeira semana de operação, a Perimetral já registrou a passagem de mais de 10 mil veículos.
A expectativa é que a liberação total do tráfego para veículos de carga aconteça entre o final de 2026 e o começo de 2027, dependendo da conclusão do Corredor Metropolitano del Este, no lado paraguaio, para garantir pleno acesso à infraestrutura. Esta ponte não é apenas uma obra de engenharia; é um avanço crucial para a prosperidade econômica da região, promovendo a otimização do fluxo comercial e turístico e, ao mesmo tempo, contribuindo para um reordenamento urbano que melhora a qualidade de vida dos cidadãos.
Com informações e Fotos do Ministério dos Transportes
